Museu CPAHT

Vida em Ritos

A vida dos povos indígenas é permeada por uma rica constelação de narrativas. Suas histórias nutrem sistemas de crença, orientam práticas culturais, organizam o saber-fazer do cotidiano e estruturam a educação comunitária. Assim, as culturas indígenas mantêm o hábito de recolhimento, da escuta atenta da ordem do dia, com um aprendizado que se dá por meio das histórias e memórias de seus ancestrais, e, de modo cíclico, repetem regularmente os mesmos rituais, com cada encontro representando um momento significativo de pausa, reflexão e transmissão de saberes.

Entre os rituais mais marcantes, destacam-se os de iniciação, que frequentemente envolvem o eixo central da vida social e espiritual de uma comunidade. Nessa perspectiva, a exposição “VIDA EM RITOS: SENSOS E VIVÊNCIAS TIMBIRA E GUAJAJARA”, deu ênfase a quatro rituais importantes para esses povos: a Festa do Ceveiro (Ẽhcreere’) e a Festa da Esteira (Ruurut), dos povos Timbira e a Festa dos Rapazes e a Festa da Menina Moça, do povo Guajajara, destacando os elementos da natureza e os sentidos que permeiam a vivência dos rituais e seus preparativos, seja por meio da cultura material nos modos de saber fazer, seja por meio da confecção dos adornos corporais e da pintura que são símbolos de proteção e pertencimento individual e coletivo.

A Exposição Vida em Ritos ocorreu durante a programação do Abril Indígena de 2025, composta por fotos e elementos simbólicos dos rituais, à exemplo do Ceveiro, ambiente de reclusão, resguardo e proteção presente na Festa do Ceveiro; a Mascará Ruurut, utilizada durante a Festa da Esteira;  o colar de proteção pertencente aos jovens guajajara que participam da Festa dos Rapazes e a Tona/Azulona, ave cujo carne moqueada é um componente fundamental na Festa da Menina Moça.

Referencial Bibliográfico: 

DIAS, Aparecida de Lara Lopes. Ehjcreere’Catiji: ritual de iniciação à vida adulta dos Krikati. Mudanças e (re)significações (séculos XIX e XX). Tese (doutorado) – Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). Programa de pós-graduação em história. São Leopoldo, [.ed.], 2020.

SÁ, Maria José Ribeiro de; ALMEIDA, Maria Conceição de. Mitos e educação na ancestralidade Tentehar. Revista FAEEBA – Educação e Contemporaneidade, Salvador, v. 67, pág. 127-142, jul./set. 2022.

Clique nas imagens e confira detalhes da nossa exposição!

O acervo do Museu CPAHT é resultado de um trabalho rigoroso, fruto do empenho, pesquisa e dedicação da equipe técnica responsável, que detém os direitos autorais e morais sobre todo o conteúdo ali produzido, incluindo fotografias, dados, textos e demais registros. Esses materiais constituem patrimônio intelectual protegido pela legislação vigente, em especial a Lei Federal nº 9.610/1998, que regula os direitos autorais no Brasil.

Portanto, é imprescindível que qualquer pessoa ou entidade interessada na utilização dos conteúdos do Museu CPAHT solicite previamente autorização formal, especificando o propósito do uso, abrangência e forma de divulgação pretendida. Este procedimento garante o respeito aos direitos dos autores e assegura o uso adequado, ético e responsável do material.

Direitos Autorais

Você não pode copiar conteúdo desta página