Durante todo o mês de Abril acontece o evento “Abril Indígena”, cujo principal objetivo é promover a sensibilização, conscientização e respeito à diversidade histórica e cultural dos povos indígenas, por meio de exposições temporárias, palestras, oficinas, rodas de conversa e visitas guiadas.
O Abril Indígena de 2022 foi marcado pela exposição étnica Tenetehara, denominada “Os Donos do Cocar”, organizada pelo Centro de Pesquisa em Arqueologia e História Timbira (CPAHT), no qual ficou disponível para visitação no pátio da Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (UEMASUL) durante todo o mês, tendo como um dos objetivos desmistificar os estereótipos da data civil alusiva ao “dia do índio”, apresentando a diversidade dos povos indígenas do Sul do Maranhão. Foram expostas fotografias, artefatos de uso cotidiano e simbólicos, como adornos da festa da Menina moça, festa dos Rapazes e festa do Mel. Essa foi a primeira exposição do povo Guajajara – Tenetehara a ser realizada pela instituição.
Na solenidade de abertura da exposição, estiveram presentes cantores, cantoras e representantes indígenas do Povo Guajajara (Aldeia Novo Funil e Lagoa Quieta – T.I Araribóia), no qual participaram de uma roda de conversa e realizaram uma apresentação cultural no pátio da universidade.
Em 2023, o Abril Indígena contou com a exposição fotográfica “Festa dos Rapazes”, no qual retratou a tradição da festa dos rapazes, como uma forma de explicar e valorizar a cultura indígena. A festa marca, segundo os Guajajara, a transição dos meninos da infância para a vida adulta.
As atividades desenvolvidas pelo Museu CPAHT teve por finalidade promover debates acerca da luta dos povos indígenas em busca de respeito, visibilidade e e igualdade. Nesse sentido, a programação iniciou-se com a palestra de abertura “A importância da presença indígena em todos os espaços”, ministrada pela ativista indígena e coordenadora de educação escolar indígena, Fabiana Guajajara. Além disso, houve duas oficinas na UEMASUL e uma roda de conversa e vivência com o povo Krikati na aldeia São José.
Pensando na visibilidade e fortalecimento das lutas e conquistas dos povos originários, o Abril de 2024 teve como principal objetivo celebrar a cultura e a resistência dos povos indígenas, no qual sua cultura e identidade foi por muito tempo silenciada e invisibilizada pela sociedade. Na busca pela promoção de uma reflexão crítica sobre seus direitos e a importância da preservação de seus saberes e fazeres ancestrais, o evento contou com palestras, exposição temporária, oficinas, rodas de conversa e cine-cidadania.
Inspirado no livro “Ideias para adiar o fim do mundo” do ativista indígena, ambientalista e escritor Ailton Krenak, a exposição temporária “Para não esquecer quem somos” trouxe discussões acerca da relação entre a sociedade e o meio em que vivemos, de modo a demonstrar a importância dos povos indígenas para a manutenção do planeta Terra.
Com o objetivo de homenagear a diversidade cultural dos povos Timbira e Guajajara, a programação desenvolvida durante Abril Indígena de 2025 pelo Museu CPAHT foi marcada por ações de conscientização e desconstrução de estereótipos, de modo a refletir e celebrar as histórias e culturas dos povos indígenas.
Com o tema “Vida em ritos: sentidos e vivências Timbira e Guajajara” a programação incluiu roda de conversa, oficinas, capacitação, contação de histórias e uma exposição temporária com fotografias e objetos tradicionais presentes em importantes rituais de iniciação para esses povos: Festa do Ceveiro e Festa da Esteira, dos povos Timbira, e a Festa dos Rapazes e a Festa da Menina Moça, do povo Guajajara, sendo destacado os principais elementos que permeiam as vivências dos rituais e seus preparativos.
Vale ressaltar, ainda, que a equipe do Museu CPAHT vivenciou uma experiência única e significativa durante a programação inicial do Abril Indígena: a participação na corrida de tora das mulheres da Aldeia São José, no município de Montes Altos (MA), no dia 07 de abril. À convite do povo Krikati, o museu esteve presente no ritual de encerramento de luto de Tayson Jajquen Krikati — um momento de profunda espiritualidade que reafirma a força, a resistência e a tradição desse povo. Para o Museu CPAHT, essa vivência representou a ampliação de saberes e uma valiosa capacitação técnica e humana para a equipe.
O acervo do Museu CPAHT é resultado de um trabalho rigoroso, fruto do empenho, pesquisa e dedicação da equipe técnica responsável, que detém os direitos autorais e morais sobre todo o conteúdo ali produzido, incluindo fotografias, dados, textos e demais registros. Esses materiais constituem patrimônio intelectual protegido pela legislação vigente, em especial a Lei Federal nº 9.610/1998, que regula os direitos autorais no Brasil.
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