As pesquisas arqueológicas realizadas no Oeste maranhense constatam a ocupação da região por caçadores e coletores não ceramistas por um período estômago de no mínimo 5.000 anos. Já para os povos indígenas produtores de cerâmicas, há indícios de que estes habitavam essa porção territorial em torno de 1000 anos antes da chegada dos colonizadores. No município de Imperatriz, especificamente, evidencia-se a presença de povos ceramistas na região do médio Tocantins com influências dos povos Uru, Aratu e Tupi, constatando uma ocupação pré-colonial entre os séculos XV e XVII (1480-1680).
Nesse contexto, o Museu CPAHT é a primeira instituição responsável pela salvaguarda do patrimônio arqueológico proveniente de pesquisas desenvolvidas na região, de modo que, atualmente, o seu acervo arqueológico conta com aproximadamente 23 mil artefatos, divididos entre cerâmicas e líticos. Assim, a exposição arqueológica do Museu CPAHT apresenta objetos provenientes do seu acervo, bem como a representação de uma escavação arqueológica, com quadrículas definidas, mudança de coloração da estratigrafia do solo, disposição dos artefatos e os materiais utilizados pelos pesquisadores.
Devido ao fato de que o acervo cerâmico do Museu CPAHT é composto, majoritariamente, por fragmentos não-inteiros, tem-se desenvolvido nos últimos anos ações voltadas para a reconstituição gráfica e modelagem 3D de bordas cerâmicas, oriundas de pesquisas acadêmicas relacionadas aos sítios arqueológicos Cajazeiras e Petrolina. Assim, em parceria com o Museu Maker 3D, ligado ao Instituto Federal do Maranhão (Campus Imperatriz), tais reconstituições foram impressas em 3D, com a finalidade de tornar as visitas guiadas lúdicas e interativas, viabilizando ações educativas e inclusivas, potencialmente em pessoas com deficiência visual, de modo a facilitar na quebra de barreira entre o visual e o tátil.
Referencial Bibliográfico:
ARAÚJO, A. K. S. Entre o passado e o presente: o uso de tecnologia 3D para socialização e extroversão do acervo arqueológico do museu CPAHT – Sítio Cajazeiras / Ana Karolyne Santos Araújo. – Imperatriz, MA, 2022. Monografia (Curso de Licenciatura em História) – Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão – UEMASUL, Imperatriz, MA, 2022.
ROCHA, D. M. Entre os morros e as figuras: gravuras rupestres no Parque Nacional Chapadas das Mesas, Carolina, Maranhão. 2016. 154 f. Dissertação (Pós-Graduação em Arqueologia) – Universidade Federal de Sergipe, Laranjeiras, SE, 2016.
O acervo do Museu CPAHT é resultado de um trabalho rigoroso, fruto do empenho, pesquisa e dedicação da equipe técnica responsável, que detém os direitos autorais e morais sobre todo o conteúdo ali produzido, incluindo fotografias, dados, textos e demais registros. Esses materiais constituem patrimônio intelectual protegido pela legislação vigente, em especial a Lei Federal nº 9.610/1998, que regula os direitos autorais no Brasil.
Portanto, é imprescindível que qualquer pessoa ou entidade interessada na utilização dos conteúdos do Museu CPAHT solicite previamente autorização formal, especificando o propósito do uso, abrangência e forma de divulgação pretendida. Este procedimento garante o respeito aos direitos dos autores e assegura o uso adequado, ético e responsável do material.
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